17 de novembro de 2011

UFPR2012 - Exercício 19

Faremos a análise de cada item para descobrir qual é a alternativa que pode se encaixar com a grandesa física dada.

a) Resistência elétrica:
Podemos calcular a resistência elétrica pela formula: R=(ρ.l)/A
sendo R a resistência elétrica, ρ a resistividade elétrica (dado em Ωm), l o comprimento (dado em m) e A a área (dado em m²).
Logo, teremos:
R=(ρ.l)/A
R=(Ωm.m)/m²
R=Ωm²/m²
R=Ω.

b) Potencial elétrico:
Calculamos o potencial elétrico pela fórmula: V=Ep/q
sendo V o potencial elétrico, Ep a energia potencial elétrica (dado em J) e q a carga (dado em C).
Logo, teremos:
V=Ep/q

V=J/C
V=(kg.m²/s²)/(A.s)
V=(kg.m²)/(A.s³)

c) Fluxo magnético:
A unidade de fluxo magnético é o weber (Wb), que equivale a Tm², sendo que T é a unidade para campo magnético e m² é a unidade para área.
Temos que:
Φ=Wb
Φ=Tm²
Φ=(kg/s².A).m²
Φ=(kg.m²)/(s².A)

d) Campo elétrico:
Para podermos calcular o campo elétrico, usamos a seguinte fórmula: E=F/q
sendo E o campo elétrico, F a força (dado em N) e q a carga de prova (dado em C).
Logo, teremos:
E=F/q
E=N/C
E=[(kg.m)/s²]/A.s
E=(kg.m)/(A.s³)

e) Energia elétrica:
Podemos calcular a energia elétrica segundo esta fórmula: E=Pot.t
sendo E a energia elétrica, Pot a potência (dado em W) e t o tempo (dado em segundos).
Logo, teremos:
E=Pot.t
E=W.s
E=[(kg.m²)/s²]/s.s
E=[(kg.m²)/s³].s
E=(kg.m²)/s²

Logo percebemos que a resposta certa é potencial elétrico.
Alternativa b)

Exercício cobrava do candidato conhecimento de fórmulas da física eletrica e também medidas do sistema internacional de unidades.

14 de novembro de 2011

UFPR2012 - Exercicio 72

Traçando uma reta perpendicular a reta da direita à esfera encontramos o raio de 3cm, e em seguida traçando uma reta bissetriz que divida o ângulo de 60° até a órigem da esfera temos:


Após fazer isso nota-se a existência de um triângulo retângulo de cateto 3cm. Sabendo que a reta divide o ângulo em dois de 30°, podemos utilizar a função seno para encontrar a hipotenusa, que seria a altura do vale à origem da esfera:
sen30°=3/h
1/2=3/h
h=6cm
Sabendo que a altura vale 6cm e que o raio vale 3cm, a sua soma equivale a altura do vale até o extremo da esfera. Se subtrairmos os 8cm da altura da depressão, teremos ficará 1cm da esfera para fora.
6cm+3cm-8cm=1cm

Alternativa b).

Exercício mais contextualizado, o candidato deveria encontrar o triângulo para poder resolver o exercício, pura trigonometria.

Com relação a prova de matemática da UFPR2012 em um todo, ela estava fácil, abordou assuntos de geometria espacial, plana, equação de reta, mas não deixou de fora as questões clássicas deste vestibular que seriam trigonometria e probabilidade.
Em um todo, a prova estava do mesmo nível da do concurso anterior.
Amanhã estarei postando a resolução de todas as questões de Física da prova da UFPR2012.

UFPR2012 - Exercício 71


Considerando:
x=moedas de 5 centavos
y=moedas de 10 centavos
z=moedas de 25 centavos

Podemos montar o seguinte sistema:
  {x+y+z=20                             (I)
  {0,05x+0,1y+0,25z=3,25      (II)
  {x=y                                     (III)

Substituindo III em I temos:
x+y+z=20
x+x+z=20
2x+z=20

0,05x+0,1y+0,25z=3,25   x(100)
5x+10y+25z=325  ÷(5)
x+2y+5z=65
Substituindo III em II temos:
x+2y+5z=65
x+2x+5z=65
3x+5z=65

Caímos em um sistema de duas equações e duas incógnitas:
  {2x+z=20        x(-5)
  {3x+5z=65

  {-10x-5z=-100
  {3x+5z=65
-7x+0z=-35
7x=35
x=5

Sabendo que são 5 moedas de 5 centavos, e que será o mesmo numero de moedas de 10 centavos temos que x=y=5, ou seja, x+y=10.
Se são 20 moedas no total, se subtrairmos todas as moedas de 5 e 10 centavos só restarão as moedas de 25 centavos, logo:
  {x+y+z=20

  {x+y=10
10+z=20
z=10

Alternativa d).

Neste exercício, o candidato devia ter conhecimento básico em resolução de sistemas. Assunto muito recorrente no vestibular da UFPR.

UFPR2012 - Exercicio 70



Para descobrir L, precisamos inicialmente substituir x na expressão acima:
log (L/15) = -0,08x
log (L/15) = -0,08 . 12,5
log (L/15) = -1
Utilizando a propriedade de logaritmo, temos:
log (L/15) = -1
10-1 = L/15
1/10 = L/15
10L = 15
L=1,5 lúmens


Alternativa d).


Exercício cobrava do candidato noções básicas de logaritmo.

UFPR2012 - Exercicio 69


Fazendo um breve esboço, podemos ter uma prévia de quantos quadrados terá com cada tipo de face pintada:

Imaginando que o cubo é uma figura tridimensional, podemos contar quantos cubos terão para cada situação, logo:
Cubos com apenas 1 face pintada: 3 + 3 ocultos = 6
Cubos com apenas 2 faces pintadas: 9 + 3 ocultos = 12
Cubos com apenas 3 faces pintadas: 7 + 1 oculto = 8
Cubos com todas as faces pintadas: 0
Cubos com nenhuma face pintada: 1 (o do interior do cubo maior, que não é visível)
Totalizando 27 pequenos cubos.

1. Verdadeiro.
2. Falso, são 12 cubos.
3. Verdadeiro.
4. Verdadeiro.

Alternativa c).

Se o candidato tivesse uma boa visão geometrica dos solidos, poderia resolver essa questão rapidamente. Foi cobrado conceitos de geometria espacial e raciocinio lógico.

UFPR2012 - Exercicio 68

Sabendo que área de quadrado é igual ao ladro ao quadrado, podemos calcular quanto vale cada lado dos dois quadrados:

Para o quadrado cinza:
A=l²
4=l²
l=2
Para o quadrado hachurado:
A=l²
9=l²
l=3

Achando o lado dos dois quadrados descobrimos uma informação essencial: as coordenadas dos pontos A e B.
 

Sabendo as coordenadas do ponto A e do ponto B, podemos encontrar a fórmula da reta utilizando o conceito de matriz:
|0  2  1|
|2  3  1|
|x  y  1|
A determinante desta matriz dará a equação da reta r, portanto:
|0  2  1| 0  2
|2  3  1| 2  3
|x  y  1| x  y
0+2x+2y-4-0y-3x=0
2x+2y-4-3x=0
-x+2y=4  x(-1)
x-2y=-4

Alternativa a).

Exercício mais elaborado, cobrava do candidato noções de geometria analítica, geometria plana, cálculo de área, e determinante de matriz 3x3.

UFPR2012 - Exercicio 67


Primeiro precisamos calcular o volume do cilindro menor, para isso precisamos inicialmente saber a área de sua base:
Ab=π.R²
Ab=π.8²
Ab=64πcm²

Agora que temos a área da base, podemos calcular o volume do cilindro menor:
V=Ab.h
V=64π.4
V=256πcm³

Deixemos o volume de lado um instante e vamos calcular a área da base do cilindro maior:
Ab=π.R²
Ab=π.6²
Ab=36πcm²

Sabendo que os dois cilindros têm o mesmo volume, podemos simplismente substituir a área da base do cilindro maior na fórmula de volume de cilindro e descobrir sua altura:
V=Ab.h
256π=36π.h
h=7,11cm

Alternativa d).

Exercício de geometria espacial, relativamente fácil. O candidato precisava saber apenas da fórmula de volume de cilindro e também como calcular a área da base.

UFPR2012 - Exercicio 66


O exercício afirma que são jogadas duas moedas, não viciadas, e pergunta qual a probabilidade de que caia uma cara e uma coroa (não necessariamente neste ordem):

Para a primeira moeda, temos duas chances:
50% pra que caia cara
50% pra que caia coroa
Para a segunda moeda, temos mais duas chances:
50% para que caia cara
50% para que caia coroa

Ou seja, podemos formar os seguintes pares de moedas:
Cara + Cara (1 chance em 4)
Cara + Coroa (1 chance em 4)
Coroa + Cara (1 chance em 4)
Coroa + Coroa (1 chance em 4)

Porém nos interessam apenas as chances de moedas invertidas (Coroa-Cara) e (Cara-Coroa)
Logo, teremos 2 chances em 4 para que caia moedas invertidas.
4 chances = 100%
2 chances = 50%

Alternativa e).

Exercício clássico sobre probabilidade. Apenas com um pouco de imaginação o candidato conseguia resolver este exercício sem maiores problemas.

UFPR2012 - Exercicio 65


Segundo o exercício, o indivíduo que tomar essa droga terá apenas 10% dela em seu organismo após 6 horas. Sabendo que cada dose equivalem a 250mg, e que ele tomou quatro doses seguidas 6 em 6 horas, podemos calcular quantos mg tem no organismo desse indivíduo a cada hora:

1ª dose: 250mg
Passam-se 6 horas, logo, teremos 10% de 250mg no organismo: 250 x 0,1 = 25mg
2ª dose: 25mg + 250mg = 275mg
Passam-se mais 6 horas, teremos agora 10% de 275mg no organismo: 275 x 0,1 = 27,5mg
3ª dose: 27,5mg + 250mg = 277,5mg
Após 6 horas, teremos então 10% de 277,5mg no organismo: 277,5 x 0,1 = 27,75mg
4ª dose: 27,75mg + 250mg = 277,75mg.
Ou seja, logo após a quarta dose, esse indivíduo terá 277,75mg desta droga em seu organismo.

Alternativa c).

Este exercício cobrava que o candidato soubesse noções de porcentagem e também raciocinio lógico.

UFPR2012 - Exercício 64


I. Velocidade média é a razão entre a distância total percorrida e o tempo total decorrido. O gráfico está em metros por minutos, é necessário converter minutos para segundos. No caso do item I) deve-se conveter 4 minutos para segundos, ou seja:
4 minutos x 60 = 240 segundos.
Em seguida utiliza-se a fórmula física para cálculo de velocidade média, ou seja:
Vm=Δx/Δt

Vm=(600-200)/240
Vm=400/240   ÷(16)
Vm=25/15       ÷(5)
Vm=5/3 m/s
Para podermos ver se a afirmativa é verdadeira ou não, precisamos converter m/s para km/h:
5/3 m/s x 3,6 = 6 km/h
Verdadeira.

II. Durante o intervalo de tempo compreendido entre 6 e 8 minutos o indivíduo não mudou sua posição (x), portanto a alternativa é verdadeira.
Verdadeira.

III. Podemos calcular a distância total percorrida:
Distância total = distância final - distância inicial
Dt= 1400 - 200
Dt= 1200m
Verdadeira.

Alternativa e).

Exercício que cobrava do candidato uma simples análise gráfica e conceitos básicos sobre velocidade média e conversão m/s para km/h.

7 de novembro de 2011

Vestibular UFPR 2012



Faltam 6 dias para o vestibular da UFPR. Portanto o blog vai ficar sem novos posts até o dia 14/Novembro.
Boa prova pra quem for prestar vestibular.
Dia 14 o blog volta com a resolução comentada de todas as questões da prova de matemática e física.

6 de novembro de 2011

Teorema de Pitágoras

O teorema de Pitágoras, criado pelo matemático grego Pitágoras, é uma relação entre os três lados de qualquer triângulo retângulo, podemos defini-la com a seguinte afirmação: "em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos comprimentos dos catetos".
Por definição, a hipotenusa é o lado oposto ao ângulo reto (90°), e os catetos são os lados que a formam.
Podemos utilizar o teorema de Pitágoras como uma relação entre áreas: "em qualquer triângulo retângulo, a área do quadrado cujo lado é a hipotenusa é igual a soma das áreas dos quadrados cujos lados são os catetos".
Para ambas as afirmações, pode-se equacionar:
c²=a²+b²
Sendo "c" a hipotenusa, "b" um dos catetos e "a" o outro cateto restante. A análise do teorema também nos diz que a hipotenusa é maior que qualquer um dos dois catetos, porém será menor que a soma destes.
Um dos usos mais recorrentes do teorema de Pitágoras é para descobrir a hipotenusa, conhecendo os dois catetos, porém este teorema pode ser usado em qualquer tipo de poligono, pois para qualquer poligono existente pode-se subdividi-lo em vários triângulos, e estes em triângulos retângulos.
Por exemplo, com o teorema de Pitágoras podemos calcular a diagonal de um quadrado, a altura de um triângulo equilatero, a diagonal de um cubo, etc.

O teorema de Pitágoras pode ser demonstrado de muitas formas, o livro "The Pythagorean Proposition" faz a demonstração em 370 formas diferentes.
As formas mais comuns da demonstração do teorema de Pitágoras são por: semelhança de triângulos, demonstração algébrica e pelo cálculo diferencial.

Por semelhança de triângulos:
Baseia-se na proporcionalidade dos lados de dois triângulos semelhantes, ou seja, que a razão entre qualquer dos dois lados correspondentes é a mesma, independendo do tamanho dos dois triângulos.
Sendo ABC um triângulo retângulo, desenha-se a altura do triângulo a partir do lado C. O ponto H divide a hipotenusa em duas novas medidas, "d" e "e".
O triângulo ACH é semelhante ao triângulo ABC pois ambos compartilham o ângulo em A e são triângulos retângulos.Seguindo raciocínio parecido percebemos que o triângulo CBH também é semelhante ao ABC.
A semelhança dos triângulos nos leva à igualdade das razões dos lados correspondentes, ou seja:
a/c = e/a       e       b/c = d/b
Multiplicando em "x" temos que:
a²=c.e       e       b²=c.d
Somando estas duas igualdades, temos:
a²+b²=(c.e)+(c.d)
Colocando "c" em evidencia:
a²+b²=c.(e+d)
Se olharmos para a figura novamente, notamos que "c" na verdade é a soma dos comprimentos de "e" e "d", logo:
a²+b²=c.c
a²+b²=c²
c²=a²+b²

Por demonstração algébrica:
A análise da figura abaixo nos permite determinar a área do quadrado com um dos lados formando a hipotenusa do triângulo. No caso, a área do quadrado, é quatro vezes a área do triângulo somado com a área do quadrado restante, de lado (b-a).
Equacionando, temos que:
c²=(4ab)/2 + (b-a)²
c²=2ab + b²-2ba+a²
Sabendo que o termo (b-a)² um produto notável, temos que:
c²=a²+b²

Por cálculo diferencial:
Podemos chegar ao teorema de Pitágoras analisando como as mudanças em um dos lados do triângulo podem afetar mudanças na hipotenusa, é uma demonstração métrica do teorema, já que se utilizam os comprimentos e não as áreas.
Como resultado da mudança do lado "a", temos:
da/dc = c/a
Multiplicando em "x", temos que:
c.dc=a.da
Por separação de variáveis que resulta da adição de um segundo termo para as mudanças no lado b e pela integração, temos:
c²=a²+constante
Nota-se que quando "a" for zero, "c" vai ser igual a constante, ou seja, podemos dizer que:
c²=a²+b²

Exercício de Física


Exercício de Física da matéria de campo elétrico, caiu no vestibular da Mackenzie, uma das mais conceituadas universidades do Brasil.
Da fígura e do texto tiramos os seguintes dados:
 
Precisamos agora encontrar o campo elétrico para a carga elétrica 1 e para a carga elétrica 2:
Sabendo o valor dos dois campos elétricos, para encontrar a resultante, devemos subtrair uma da outra, pois segundo a imagem uma carga está para a esquerda do ponto P e outra para a direita. Se ambas tivessem para a esquerda do ponto P ou para a direita, a resultante dos campos seria a soma das duas cargas.
Substituíndo, encontramos a resultante:
Resposta letra a).


Exercício de Física

O exercício nos deu praticamente tudo que precisamos, ou seja:
d=0,5m
E=7,2.106 N/C
K=9,0.109
Q=? 
Pra resolver esta questão, deve-se lembrar da fórmula de campo elétrico: E=(K.Q)/d².
Substituíndo os valores, temos:
 

Resposta letra a).

5 de novembro de 2011

Exercício de Matemática


Esse exercício caiu na segunda fase de matemática do vestibular da UFPR em 2011, foi considerado um dos mais dificeis da prova.
Bom, o enunciado disse que a altura (h) e o comprimento (c) possuem as mesmas medidas, e a largura (l) é a medida do comprimento acrescida de 3 centimetros.
Logo, temos que:
h=c
c=c
l=c+3
O exercício também diz que o volume deste sólido deve ser necessáriamente igual a 200 cm³.
A fórmula para calcular o volume de um paralelepipedo: V=c.h.l
Substituíndo os valores, temos:
V=c.h.l
200=c.c.(c+3)
200=c³+3c²
200=c³+3c²
c³+3c²-200=0
Caímos em um polinômio de grau 3. Para encontrarmos o valor de "c", precisamos primeiramente fazer pesquisa de raízes, ou seja, substituir "c" por valores até que tudo se anule, ou seja: 0=0.
Devemos sempre escolher raízes pequenas, por exemplo: ±1,±2,±3,±4,±5,...
No caso deste polinômio, a raíz que irá zerar será +5.
Após encontrar uma raíz que zere o polinômio, aplicamos o dispositivo prático de Briot-Ruffini:


Encontramos c²+8c+40=0.
Sendo que uma das três respostas é 5, pois:
x-5=0
x=5
Para encontrar as outras duas respostas, devemos utilizar a fórmula de Bascara.


Como a raíz deu negativa, significa que os dois valores serão números imaginários.
Devemos então ter como resposta c=5, pois é a única raíz real que satisfaz o polinômio.
Sendo c=5, encontramos o comprimento e automáticamente a altura.
Para encontrar a largura, apenas somamos 3 centímetros à medida do comprimento (que é 5), ou seja:

c=5 cm
h=5 cm
l=8 cm

Qual deveria ser o foco do blog?